terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Meu Pai- Reportagem

    

Imprudência: vigia morre ao ser atropelado na Rodovia Odovaldo Novo



O vigia da Universidade do Folclore Paulinho Faria, do Boi Garantido, Francisco Costa, 75, morreu atropelado por uma motocicleta Bros, quando retornava de bicicleta da padaria.  O acidente aconteceu sábado 18 de Janeiro de 2014, por volta de 6:00 h da manhã na Rodovia Odovaldo Novo, nas proximidades do curral Lindolfo Monteverde. A vítima foi conduzida ao Hospital Padre Colombo (HPC), onde recebeu atendimento médico emergencial, mas após duas horas não resistiu e morreu por traumatismo craniano, hemorragia cerebral e choque hipovolêmico.

O acusado pelo acidente, Francisco M. dos Santos, teve escoriações pelo corpo e ferimentos na cabeça e após ser atendido no HPC, foi apresentado com a cabeça enfaixada para disfarçar sua culpa na 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil (3ª DRPC) às 10h22. Na delegacia, ele disse que consumiu bebida alcoólica, porém, jamais teria coragem de tirar a vida de alguém, e o fato foi uma fatalidade. Ele foi flagranteado pelo delegado Ivo Cunha por homicídio doloso, pela confissão de dirigir embriagado. 
Francisco Costa Filho, foi o último a ver o pai vivo e comentou. “Tinha acabado de chegar do trabalho, umas 5h. Meu pai que sempre acordava 4h30, estava preparando o café, perguntou se eu queria e como estava cansado agradeci e foi dormir, em seguida ele foi comprar pão e no retorno aconteceu isso com ele”.

Justiça e Descaso

Outro filho da vítima, o professor Orenildo Brito, pede que a justiça não seja branda com o acusado. “Esse cidadão estava embriagado amanhecido. Meu pai foi comprar pão como sempre fazia e aconteceu essa fatalidade pela imprudência desse cidadão”.
Orenildo citou a precariedade da saúde em Parintins que não oferece atendimento especializado para muitos casos o que teria contribuído com a morte do pai. “A cidade precisa de médicos especialistas. No hospital onde meu pai foi internado não tem raio-x, e quase nada, faltou mais empenho da equipe médica para salvá-lo. Se fosse em um hospital padrão, meu pai não teria morrido, a saúde do município está um descaso. É preciso investir mais, vimos muitas irregularidades durante o tempo que o meu pai ficou internado, é lamentável”.
A vítima morava na rua Paraíso, bairro Dejard Vieira, e trabalhava há mais de 10 anos no Garantido. O enterro aconteceu na manhã de ontem no Cemitério São José, o cortejo saiu da Universidade do Folclore Paulinho Faria, onde recebeu homenagem, por ter sido exemplo de funcionário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário