A família de Francisco Costa, 75, que morreu vítima
de um acidente de trânsito, dia 18 de janeiro deste ano, vai realizar uma
manifestação pacífica denominada “Não Foi Acidente!” contra a liberdade do
acusado do crime, o marítimo, Francisco Matias dos Santos. O manifesto vai
acontecer dia 18 de março, às 7h no mesmo local do acidente, Rodovia Odovaldo
Novo, nas proximidades do curral Lindolfo Monte Verde, do Boi Garantido,
agremiação folclórica onde a vítima trabalhou por dez anos e até o dia do
falecimento exercia a função de vigia na Universidade do Folclore Paulinho
Faria.
“A comunidade está convidada a está presente dia 18
no lado do curral para tentarmos sensibilizar as autoridades a tomar alguma
atitude para esse tipo de ocorrências, pois sabemos que a cada dia tem mais
vítimas no terrível trânsito parintinense. A maioria das ocorrências de
trânsito é causada por pessoas que não possuem carteira de habilitação, menores
de idade e principalmente pessoas que passam a noite na bebedeira e no amanhecer
causam acidentes de moto com vítimas”, declara o professor Orenildo Brito,
filho da vítima.
Reação
O professor ressalta que a família sofre a perda de
Francisco Costa. “Era um pai exemplar, saiu para comprar pão e voltou dentro do
caixão. A maior dor é saber que um rapaz desses que passou a noite inteira
bebendo e tirou a vida do papai e infelizmente está solto para responder em
liberdade. Mesmo sem autorização para sair da cidade, ele continua trabalhando
em um barco que viaja entre Parintins e Manaus. A Justiça está com a venda nos
olhos, é como se a vida não valesse nada”.
Orenildo enfatiza que entrou com dois processos na
justiça, um contra a locadora que alugou a moto e outro contra Francisco
Matias. O idoso morreu quando retornava de bicicleta da padaria e foi atingido
pelo acusado que conduzia uma motocicleta. Na 3ª Delegacia Interativa de
Polícia (3ª DIP), Francisco Matias relatou em depoimento ao delegado Ivo Cunha,
que na data do acidente estava como titular da 3ª DIP, que tinha consumido
bebida alcoólica, porém, jamais teria coragem de tirar a vida de alguém. Ele
foi preso em flagrante por homicídio doloso, pela confissão de dirigir
embriagado, mas pouco tempo depois foi solto para responder o crime em
liberdade. Tentamos entrar em contato com o acusado do acidente fatal, mas não
obtivemos êxito